quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Uma cantora afinada e alegre

Texto produzido durante o período de estágio no jornal Super Notícia, de BH.
Publicação: dia 27 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

Entre notas e partituras

 (matéria postada no site Contramão no dia 10/06/2011)

Concurso da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais revela novos talentos da composição

Belo Horizonte está prestes a conhecer o mais novo nome da composição brasileira. Na próxima sexta-feira, dia 10, às 20h30, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta, no Teatro Oi Futuro Klauss Viana, o vencedor da edição 2011 do Festival Tinta Fresca, idealizado pelo seu regente titular, Fábio Mechetti. A apresentação é gratuita e os convites já estão disponíveis na bilheteria do teatro, localizado na Av. Afonso Pena, 4001.
O concurso, que tem a intenção de revelar novos talentos da música, ocorre anualmente desde 2009. “O nome é ótimo! E significa justamente isso: composições novas, frescas, compostas para orquestra sinfônica”, explica o músico e produtor da Orquestra Filarmônica, Francisco Araújo.
Em seus dois primeiros anos, o festival destinou-se apenas a compositores mineiros. Agora, em sua 3ª edição, abre oportunidades para artistas de todo o país. Ao todo, foram contabilizadas 29 obras inscritas, das quais apenas seis foram escolhidas por uma banca julgadora para uma única apresentação, em que será revelado o grande vencedor. “Sentimos a necessidade de abrir esse festival para outras regiões, pois para o compositor esses concursos são muito importantes. É uma chance que ele tem de ser revelado e receber também uma ajuda para sua carreira, que seja uma bolsa, que seja um prêmio em dinheiro. No Brasil, temos poucos concursos de grande porte”, ressalta Araújo.
O compositor vencedor do Tinta Fresca recebe uma encomenda da Filarmônica. “A orquestra encomenda uma composição inédita, que será executada por ela no ano seguinte à premiação”, conta o vencedor da 2ª edição do concurso, o músico Sérgio Rodrigo, que atualmente prepara a composição a ser tocada pela Filarmônica em agosto deste ano. “O Tinta Fresca acaba sendo uma possibilidade de escutar o que você está imaginado, fazendo”, observa o compositor.

Talento que vem de berço

   foto-srgio-rodrigo
 Foto: Mariana Zani


De uma família de músicos, Sérgio Rodrigo começou seus estudos ainda menino, primeiramente com um violão. Aos 14 anos, passou a estudar na Fundação de Educação Artística, em Belo Horizonte, onde atualmente, é professor de musicalização. Vencedor da última edição do Festival Tinta Fresca, com uma peça composta inicialmente para um trabalho de conclusão de curso, o músico prepara agora a composição que será executada pela Orquestra Filarmônica em agosto deste ano “Quando se tem um prazo estabelecido, é um pouquinho mais angustiante, pois você está sempre com medo do limite acabar e não conseguir terminar”, revela o compositor.
Para Sérgio Rodrigo, o Tinta Fresca é uma oportunidade para o compositor escutar o que criou e transformou em acordes e notas musicais “Ouvir sua música sendo tocada pela orquestra é bem impactante. Você fica um pouco anestesiado sem saber o que está acontecendo, sem saber se está bom ou ruim. É emocionante”, relata.
Nomes revelados nos últimos dias
Essa semana, o público conheceu, por meio do site da Orquestra Filarmônica, o nome dos 6 finalistas do concurso. Durante as primeiras etapas de seleção do festival, por questão de ética e zelo, os participantes são identificados apenas por pseudônimos “É uma forma de ocultar quem eles são na realidade e de ser um concurso neutro, transparente” explica Francisco Araújo.
A banca julgadora deste ano, foi composta pelos renomados compositores João Guilherme Ripper, Olivier Toni e Silvio Ferraz, que, na próxima sexta-feira, dividem com os músicos da orquestra e o regente Marcos Arakaki, a responsabilidade de definir entre as composições do pernambucano Alfredo Barros, do mineiro Marcus Siqueira, do gaúcho Aurélio Edler-Copes, do paulista Matheus Bitondi e dos cariocas Vicente Alexim e Marcos Lucas.

Temporada 2011
Orquestra entra o ano com o pé direito

Criada em fevereiro de 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais vem marcando a tradição da música mineira com sua programação diversificada. Com as séries Allegro e Vivace, a orquestra inaugura 2011 com agenda cheia, perpassando por concertos no Parque, Didáticos e para a Juventude, além do concurso Tinta Fresca. “Toda Orquestra está dentro de um circuito de criação musical. Quando se cria um concurso e pode-se contribuir para a carreira de um músico e também para a população, a orquestra completa seu papel”, conclui Francisco Araújo.

Texto: Débora Gomes
Entrevistas: Danielle Gláucia e Iara Fonseca

Uma pausa para o café


(matéria postada no site Contramão no dia 24/05/2011)


Uma das bebidas mais apreciadas pelos brasileiros tinha que ter um dia só para ela. E é por isso que há 15 anos, é comemorado todo dia 24 de maio, o dia Nacional do Café, um dos grãos mais importantes para a economia Brasileira desde os anos 20 até hoje. O produto é consumido, diariamente, por quase 100% dos brasileiros com mais de 15 anos, colocando o país em segundo lugar no consumo da bebida, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Misturada a outros ingredientes, a bebida ganha diversos nomes pelas cafeterias de BH, sem perder o sabor natural. “O que a gente mais vende aqui é o Expresso comum e o Mocca Latter, principalmente no frio”, conta a atendente Mara Batista que há 6 meses, trabalha no California Coffee, localizado no Espaço TIM do Conhecimento. Mara conta os ingredientes da bebida Mocca, mas não revela como é feita “O processo é segredo, não podemos revelar”, explica sorrindo.

Confira a receita do Mocca Latter, por Mara Batista:


 

Data comemorativa inicia o Circuito de Cafeterias 2011

Começou hoje o “Circuito de Cafeterias 2011 – Minas é o Mundo em Café”. Ao todo, são 18 estabelecimentos participantes, espalhados por Belo Horizonte, com o objetivo de incentivar o público a conhecer as cafeterias da capital. “Será entregue um passaporte para cada cliente que vem ao café e experimenta o drink especial, preparado apenas para o evento”, explica Bruna Daiane, que trabalha como barista há 5 anos. “Você visita todos os estabelecimentos do circuito e ganha uma mug, aquelas canequinhas coloridas.”, completa Bruna.

Localizado na Rua Goitacazes, o Café Kahlúa participa pela primeira vez do circuito, com o drink “João Caetano”, preparado com Nutella, Davinci (essência que não contém álcool) de coco e de baunilha, leite vaporizado, expresso, chantili, raspa de coco e raspa de chocolate. “É a primeira vez que o Kahlúa participa e estamos super animados. A intenção não é uma disputa de qual o melhor café, e sim incentivar o pessoal a experimentar coisas diferentes feitas com café. Fugir do cafezinho do dia-a-dia”, conta a barista, que agora atua como auxiliar administrativo dentro da cafeteria.

Confira no site o endereço das cafeterias participantes do circuito: http://www.circuitodecafeterias.com.br Por Débora Gomes Fotos Débora Gomes

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dois Anos de Espera Pelo Sim

(matéria publicada no jornal OTempo do dia 14/05/2011) 


(versão impressa)

Maio é conhecido como o mês das noivas. A época faz aumentar a procura por vagas nas paróquias para a realização dos casamentos. Marcar a cerimônia para o período na Basílica de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, por exemplo, é um desafio que pode exigir dos noivos mais de dois anos de espera.

Construída em 1923 e elevada à categoria de basílica em 1958, a igreja é uma das mais tradicionais da capital mineira e recebe, anualmente, uma média de 250 casais com o propósito de receber a benção de Deus para a união matrimonial.

A igreja já estabeleceu restrições para marcar as cerimônias, mas, ainda assim, a fila de espera para se casar na basílica é uma das mais extensas da capital. Os motivos para a escolha do local são muitos: os casais procuram a igreja por tradição familiar, devoção ou até mesmo status.

"Acredito que a localização conta muito também, embora o estacionamento não seja muito grande. Depende muito de cada um", avalia o padre Antônio Carlos Ribeiro, que há dois anos e meio exerce a função de vigário paroquial na basílica.

Muitos desses fatores influenciaram na escolha dos noivos Deborah Chamon, 26, e Paulo Henrique Bracks Duarte, 30. Eles trocaram alianças no último dia 7, após mais de dois anos de espera por uma data livre no calendário da basílica.

"Liguei para a igreja logo no primeiro dia de janeiro de 2009", lembrou a noiva, que já foi dama de honra em quatro casamentos no templo de Lourdes. "Minha mãe tem 33 anos de casada, e a cerimônia aconteceu em Lourdes, também em maio. E esse é também o mês do meu aniversário", afirmou Deborah, justificando tanto tempo de espera. "Só consegui porque houve uma desistência", comemorou.

Planejamento. Deborah e Paulo procuraram preparar o casamento com antecedência, para que saísse tudo como planejado. "Ficou tudo pronto no fim do ano passado: música, enfeite, padre, coral. Deixei bem claro tudo que eu queria e tudo que não queria de jeito nenhum, para não ter erro.", contou a noiva. "Na semana anterior à cerimônia, estava com o estômago cheio de borboletas", brincou.

Preparação
Ansiedade e emoção no grande dia

Nem mesmo o atraso na entrega do buquê poucos momentos antes da subida ao altar tiraram o bom humor e a simpatia da noiva Deborah Chamon enquanto se arrumava em um salão de beleza no bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte. "Parece que eu tenho uns dez corações dentro do peito, batendo muito e em tantos lugares diferentes", brincou.

Deborah passou as últimas horas de seu "dia de noiva" acompanhada por três gerações da família: a avó, a mãe e a irmã mais nova, que também foi dama de honra. "Nunca vi minha mãe tão bonita e elegante", comentou.

Ela partiu às 19h30 para realizar seu grande sonho e selar mais uma geração de noivas da família Chamon que passam pelo tapete vermelho da Basílica Nossa Senhora de Lourdes. O único desejo de Deborah era que o noivo não se atrasasse. "Espero que ele já esteja lá esperando por mim", declarou a noiva, que teve o desejo atendido.

Procura
Mais de 150 senhas em um só dia

Para estabelecer uma ordem no processo de marcação das cerimônias, a Basílica de Lourdes disponibiliza senhas para os noivos, distribuídas em ordem de chegada, para evitar filas e tumulto. "A gente pede para ligar no fim do ano, quando temos informações mais concretas", diz a secretária Cláudia Cândida Trindade, que há cinco anos faz a marcação de casamentos na igreja.

No início deste ano, foram disponibilizadas 258 senhas para casamentos a serem realizados em 2012. Só no dia 3 de janeiro, foram distribuídas 158 números. Cláudia ressalta que a senha já vem com a data em que a noiva deve voltar para receber informações, assinar o contrato e efetuar o pagamento. (DGl/DGo/IF)

Cerimônia custa até 5.500% a mais em maio
Maio pode ser o mês dos sonhos de muitas noivas, mas as variações de preço podem se tornar um pesadelo para o bolso do casal. Para medir essas variações, o site Mercado Mineiro criou o "Índice noivas de inflação". Segundo a pesquisa, um mesmo serviço pode sair até 5.500% mais caro no período.

O aluguel do vestido pode custar entre R$ 150 e R$ 1.400 uma diferença de 833,33%, enquanto o preço de cem unidades de um convite padrão vai R$ 49 a R$ 240 variação de 389,80%.

A taxa cobrada pela igreja para realizar o cerimonial, segundo a pesquisa, varia de R$ 250 a R$ 400. A maior alteração ficou para os serviços de som e iluminação, que podem custar entre R$ 100 e R$ 5.600, uma diferença de 5.500,00%.

Por Débora Gomes e Danielle Gláucia



Filme “Amor?” estréia em grante estilo na capital mineira

(matéria postada no site Contramão no dia 17/04/2011)
Uma fila se formou na esquina da Rua Gonçalves Dias com Rua da Bahia na noite da última terça-feira, para a pré-estréia do filme “Amor?”, dirigido por João Jardim. O evento, organizado pelo projeto Sempre Um Papo, aconteceu no Usiminas Belas Artes e contou com a presença do diretor do filme, em um bate-papo com os atores Julia Lemmertz e Ângelo Antônio.
Na fila, a expectativa era grande, tanto pela curiosidade despertada pelo filme, quanto pela presença dos atores. A estudante Solange Morais chegou cedo ao Belas Artes para garantir sua entrada. “Fiquei muito sensibilizada com as histórias do filme. Mas vi apenas trechos e não queria perder a oportunidade de assistir tudo”, comenta. Os convites foram distribuídos uma hora antes da exibição do filme. Foram disponibilizados 130 lugares e mesmo assim, várias pessoas ficaram sem entrar na sala. “Não podemos lotar a sala e não é permitido assistir ao filme de pé”, explicou a assessora Jozane Faleiro.
Para mais informações sobre o filme, acesse http://amorofilme.com.br/
Confira entrevista com Julia Lemmertz, Angelo Antonio e João Jardim:



Por Débora Gomes e Nelio Souto

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um “Desvio” para olhar na Savassi

(matéria postada no site Contramão dia 05/04/2011)

Na tarde de segunda-feira, visitei a exposição “Paisagens” da artista Janaína Mello, que foi aberta ao público no último dia 2 na Desvio, uma galeria de arte que se encontra bem no coração da Savassi.  A exposição reúne telas feitas com fitas de cetim trançadas, formando paisagens abstratas com grandes espaços ilusoriamente vazios.
desvio-1

O mais curioso é que devido ao cetim, as imagens mudam de cor e de aspecto, dependendo da forma como a luz incide sobre a tela. A tonalidade se altera até quando você muda de posição para admirá-la. “Eu cheguei aqui à tarde e estava em uma tonalidade. Agora vai ficando mais tarde e vão aparecendo outras cores”, conta Júlia Mesquita, uma das proprietárias do espaço.
Além das obras em tela – três ao todo – a mostra apresenta também uma instalação exclusiva, chamada de Ciclotrama, que lembra uma árvore, confeccionada apenas com fios, sem nenhuma estrutura sólida. “Ela é uma metáfora das relações sociais, das coisas que vão se encontrando, se entrelaçando e formando novas estruturas”, esclarece Júlia.
desvio-2

Não são apenas as Paisagens, de Janaína Mello, que nos desviam o olhar para searas mais lúdicas, na agitação do dia-a-dia, a própria galeria também nos reserva um certo encanto. Além de funcionar como um bar-café, a Desvio abriga também uma loja com acessórios fofos e delicados, além de bloquinhos para anotações. Júlia Mesquita fala um pouquinho mais sobre o espaço, inaugurado em 2008.

Para quem quiser conhecer as paisagens de Janaína Mello e os mimos da Desvio, o endereço é  Rua Tomé de Souza, 815, 2° andar. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 14h às 20h, e aos sábados, das 10h às 15h.

Por Débora Gomes

Cia. Pierrot Lunar apresenta seu novo espetáculo na Praça da Liberdade

(matéria postada no site Contramão dia 28/03/2011)

Helena, Marta, Olívia, Zé Diogo, Mário Silvano, Chico Treva, Paquita e outros personagens fazem parte da mais nova montagem da Cia. Pierrot Lunar. “Acontecimento em Vila Feliz” é uma adaptação do conto de Aníbal Machado e a primeira peça de rua montada pelo grupo, que tem em seu repertório, espetáculos consagrados como “Sexo” e “Por Trás dos Olhos das Meninas Sérias”.

A estréia em Belo Horizonte aconteceu no sábado dia 26, às 16h na Praça da Liberdade. O cenário simples e original transformou o centro da praça em uma pequena vila mineira, que se vê envolvida com a suposta gravidez de uma de suas moradoras mais ilustres.

A agitação atraiu o público que passava pelo local, atento a cada movimento dos atores. “Achei a peça interessante, o cenário, a história, os personagens: tudo muito bem montado e bem feito” comenta a empresária Ana Luiza Santos.

No próximo mês, a Vila invade as Praças da Assembléia e também a Floriano Peixoto, nos dias 9 e 10, respectivamente, sempre às 16h.


Para mais informações sobre o espetáculo , acesse o site da Cia. Pierrot Lunar.

Clique na foto para conferir nossa galeria:

dsc_0297

Texto e fotos: Débora Gomes

Novo espaço intimista e aconchegante aproxima cultura da população

(Matéria publicada no site Contramão no dia 21/03/2011 e no jornal OTempo,de 26/03/2011)



A população de Belo Horizonte ganha mais um espaço cultural no próximo dia 22, terça-feira. Antiga residência do filho do ex-presidente da República, Afonso Pena, a construção do início do século XX é palco agora para a Casa UNA de Cultura. Localizado na Rua Aimorés, 1.451, no bairro de Lourdes, o espaço, aberto ao público e sem fins lucrativos, foi criado com o objetivo de promover um encontro entre a arte, a cultura, o conhecimento e a população, oferecendo cursos, palestras, oficinas, exposições e outras manifestações artísticas.

O ambiente aconchegante busca remeter ao visitante a sensação de estar em sua própria casa. “A gente trabalha muito com o conceito ‘entre, a casa é sua’”, relata a coordenadora da Casa UNA de Cultura, Janaína Vaz. O espaço conta com três salas menores planejadas inicialmente para exposições e oficinas, uma maior com capacidade para receber até 50 pessoas, uma recepção e uma sala de estar. De acordo com o gestor cultural da Casa, Guaracy Araújo, a intenção é adaptar o espaço aos poucos, a partir da demanda e à medida que surgirem novos acontecimentos que exijam mudanças. “Propomos uma gestão mais colaborativa, mais dialogada”, explica.

O edifício, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), tem capacidade para receber até 80 pessoas. “É uma determinação do Iepha, pois os prédios antigos não possuem sustentação suficiente para suportar muito peso”, justifica Janaína Vaz. Para a coordenadora, é importante ainda trabalhar o diálogo e a conversação para que se estabeleça uma troca de saberes, já que a Casa está preparada para receber um público diversificado.

Presente para a capital

O projeto de implantação da casa cultural se desenvolve há alguns anos e tomou forma definitiva em meados de 2010. A ação é parte das comemorações do cinquentenário do Centro Universitário UNA. Para a coordenadora da Casa, o centro cultural é resultado de vários estudos realizados pela instituição com a finalidade de atuar na área cultural. “Esse projeto é um interesse antigo da UNA e a sociedade também participa das ações”, destaca. “A Casa é um presente do Centro Universitário para a cidade”, diz.

Tema de abertura

No mês em que a Casa abre suas portas para o público, as palestras, debates, mostras, oficinas e shows terão como tema central “O Feminino - A criação artística sob a perspectiva feminina”, em homenagem ao mês da mulher. O evento de abertura, que ocorre no dia 22, será fechado para convidados e, a partir do dia 23, inicia-se a programação aberta à população, com a presença da secretária estadual de cultura, Eliane Parreiras, e do ator João Miguel, em um bate-papo sobre cultura brasileira.

Agenda mês de março

Nesse primeiro mês, os interessados devem retirar seus convites com antecedência. “Funcionará como uma experimentação para nós, para que possamos entender qual o melhor formato de trabalho”, explica Janaína Vaz. A proposta do espaço é diversificar, realizando o máximo de atividades possíveis envolvendo arte e cultura. As vagas são limitadas e a entrada é franca. Confira parte da programação:

Dia 24, às 19h, acontece a sessão de cinema feito por mulheres, seguida de debate com produtoras e cineastas, como Luana Melgaço, Maria de Fátima Augusto e Ana Moravi.
Dia 25, às 21h, música popular brasileira com a cantora Marina Machado .
Dia 26, às 11h, abertura da exposição de telas da artista plástica, ilustradora e autora de livros infanto-juvenis, Anna Gobel.
Dia 28, 19h30, ciclo de palestras “O Feminino e a Literatura”, com a escritora, blogueira e cantora Clarah Averbuck.

Feirantes movimentam a porta da Prefeitura reivindicando suspensão de edital

!Matéria ublicada no site Contramão dia 09/02/2011)



Com alto falantes, apitos, faixas e muita disposição, artesãos de todas as idades reuniram-se nesta tarde, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), para manifestar a indignação e a insatisfação com as normas do novo edital Nº 001/2010 que prevê mudanças no processo de seleção para os expositores da Feira de Artesanatos da Afonso Pena, conhecida popularmente como Feira Hippie.

No dia 5 de janeiro, a PBH publicou no Diário Oficial do Município (DOM) o novo edital. Dentre os vários critérios impostos, um dos mais contestados pelos feirantes é a cláusula que diz que para expor mercadorias na feira, o produtor não pode ter ensino superior nem utilizar mais de um maquinário para confeccionar suas peças. A artesã Ana Alice diz não entender a razão das novas regras. Com 33 anos de trabalho, a feirante chora ao afirmar que depende da feira para tudo: “Minhas filhas cresceram na feira, como os filhos de muitos aqui. Nós estamos desesperados, sem estrutura para continuar”.

O artesão Luiz Messias conta que pagou os estudos da filha com a renda de sua barraca na feira. Vendedor de abajur e luminárias, Messias diz que não é possível confeccionar suas peças sem ajuda de máquinas. “Os fiscais chegaram à minha barraca e perguntaram o que eu não fiz manualmente. Falei que é mais fácil contar o que fiz, já que 80% de tudo, é manual”, relata.

Os feirantes alegam ainda que desde o dia de publicação do edital, várias pessoas adoeceram. “Tem gente no hospital ainda. Um senhor, nosso amigo de feira, sofreu infarto e continua internado”, conta Maria Auxiliadora, que trabalha na feira há 27 anos. A manifestação durou a tarde toda e o coordenador da Associação dos expositores da Feira da Av. Afonso Pena (ASSEAP), Alan Vinicius, anunciou que a partir da tarde de hoje, grande parte dos membros da associação entram em greve de fome esperando uma resposta das autoridades.

Ouça um breve depoimento do feirante Gilberto sobre sua atual situação e de seus companheiros:





Até o fechamento desta matéria, a assessoria de comunicação da PBH, apesar das tentativas de contato, não se pronunciou a respeito.
Baixe o edital pelo link Edital Feira de Artesanato.

Texto: Débora Gomes

Áudio: Andressa Silva

Reportagem: Equipe Contramão